Este é um blog criado pelos alunos: Fabíola Brito, Emanuelle Félix, Flávio Gomes, Leonardo Carvalho e Daniel Dias; do curso de Administração, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB. Ele foi criado sob a influência do professor de Tópicos de Informação aplicados à Administração, Francisco dos Santos Carvalho, com o intuito de integrar a sociedade aos conteúdos discutidos em sala de aula.
A LGT define serviço de telecomunicações
como o conjunto de atividades que possibilita a oferta de telecomunicação.
Telecomunicação é a transmissão, emissão ou recepção, por fio,
radioeletricidade, meios ópticos ou qualquer outro processo eletromagnético, de
símbolos, caracteres, sinais, escritos, imagens, sons ou informações de
qualquer natureza.
Não constituem serviços de telecomunicações o
provimento de capacidade de satélite, a atividade de habilitação ou cadastro de
usuários e de equipamentos para acesso a serviços de telecomunicações e os
serviços de valor adicionado.
Classificação
Quanto à abrangência dos interesses a que atendem, a LGT classifica os serviços
de telecomunicações em serviços de interesse coletivo e serviços de interesse
restrito.
Interesse
coletivo
Os serviços de interesse coletivo são aqueles
passíveis de serem oferecidos a todos aqueles que se enquadrarem no regulamento
específico, ou seja, o prestador não pode deixar de prestá-lo quando solicitado,
desde que seja técnica e economicamente viável.
Interesse
restrito
Entende-se como de interesse restrito o serviço
destinado ao uso do executante ou de um grupo de pessoas naturais ou jurídicas,
caracterizado pela realização de atividade específica (p. ex. passageiros de
navios).
Quanto ao regime jurídico de sua prestação, os
serviços de telecomunicações classificam-se em públicos e privados.
Regime público
O serviço de telecomunicações em regime público é
sempre de interesse coletivo e é aquele prestado mediante concessão ou
permissão, com atribuição a sua prestadora de obrigações de universalização e
de continuidade. Incluem-se neste caso as diversas modalidades do serviço
telefônico fixo comutado, de qualquer âmbito, destinado ao uso do público em
geral.
Regime privado
Já o regime privado está sujeito a regras mais
flexíveis e com menor interferência da União na sua regulação, não havendo
controle de tarifas (pratica-se preço). O serviço prestado no regime privado é
outorgado mediante autorização (existindo exceções nas quais ele é objeto de
concessão, como é o caso do Serviço Móvel Celular - SMC) e pode ser de
interesse restrito ou coletivo.
Natureza dos Contratos de
Serviços
Regime
Público
concessão
ou permissão
interesse
coletivo
Telefonia
Fixa Comutada (STFC)
Regime
Privado
autorização
e excepcionalmente concessão
interesse
coletivo ou restrito
Telefonia
Fixa Comutada
e todos
os demais serviços
Em princípio, o serviço em regime público é sempre
objeto de um contrato de concessão, ficando a permissão reservada para alguns
casos excepcionais.
Concessão
Define-se como concessão de serviço de
telecomunicações a delegação de sua prestação, mediante contrato, por prazo
determinado, no regime público, sujeitando-se a concessionária aos riscos
empresariais, remunerando-se pela cobrança de tarifas dos usuários ou por
outras receitas alternativas e respondendo diretamente pelas suas obrigações e
pelos prejuízos que causar.
Permissão
Define-se como permissão de serviço de
telecomunicações o ato administrativo pelo qual se atribui a alguém o dever de
prestar serviço de telecomunicações no regime público e em caráter transitório,
até que seja normalizada a situação excepcional que a tenha ensejado.
Observa-se, portanto, que a permissão é reservada para casos excepcionais.
Autorização
Já os serviços sob o regime privado são, em
princípio, objeto de autorização, existindo exceções, casos em que são objeto
de concessão. Define-se como autorização de serviço de telecomunicações o ato
administrativo vinculado que faculta a exploração, no regime privado, de
modalidade de serviço de telecomunicações, quando preenchidas as condições
objetivas e subjetivas necessárias.
São condições objetivas:
a)
a disponibilidade de radiofreqüência's quando necessárias, e;
b) a
apresentação de um projeto viável.
São condições subjetivas para a
empresa:
a)
ser constituída sob as leis brasileiras;
b) não
estar proibida de contratar com o poder público;
c) dispor
de qualificação técnica, e;
d) não
ser responsável pela prestação da mesma modalidade de serviço na mesma área.
Uma Rede de Comunicação de Dados é constituída por
diversos dispositivos, os quais possuem determinadas funções. Estas funções são
efetuadas a partir de pontos fisicamente remotos. Os dispositivos envolvidos
neste processo podem variar desde terminais simples ou inteligentes, ligados a
um computador anfitrião (host computer), a concentradores, processadores
remotos, etc.
Os componentes de uma rede de comunicação de dados
são selecionados com base em sua habilidade para executar a tarefa requerida em
determinado lugar. Os componentes de uma rede de comunicação de dados são:
Processadores Host
Os processadores host, também denominados anfitriões,
caracterizam-se por possuírem uma grande memória interna, serem conectados a
uma série de equipamentos capazes de armazenar grande quantidade de informações
e disporem de vários requisitos de hardware especialmente voltados ao
atendimento de funções de comunicação, tais como sistema de interrupção, clock
interno para controle de eventos, sistema de I/O assíncrono, reinício
automático em caso de falha de força e facilidade de controle de transmissão.
O software do processador anfitrião
usualmente inclui um sofisticado sistema operacional apoiado por um software
de controle de comunicação especialmente desenvolvido para sua participação nas
atividades da rede. Assim, além de efetuar a maior parte do processamento, o processador
anfitrião compreende o controle dos bancos de dados da rede e, em redes do
tipo estrela, supervisiona a operação da mesma. Ele compartilha recursos tais
como poder de processamento, programas, bancos de dados, equipamento periférico
e outros.
Com o objetivo de atender determinados requisitos,
o sistema deve ser organizado de modo a evidenciar as seguintes
características:
dirigido à
demanda
multiprogramação
esquema de
prioridade
processamento
assíncrono
Processadores Front-End
O conceito de processador front-end
envolve a translação da função de controle da comunicação dos dados do
processador anfitrião para um sistema externo local. Cada computador na rede,
esteja ele atuando como um processador de comunicações ou como um terminal,
conecta-se a rede por meio de um TCU - TransmissionControl Unit. Quando
uma TCU é dotada de capacidade adicional de processamento, recebem a
denominação de processadores front-end.
As funções proporcionadas pelos processadores front-end são:
O alto custo das linhas de comunicações é um dos
maiores problemas na implementação de uma rede de comunicação de dados. Se cada
terminal
estiver ligado a um computador central através de um elo de comunicação
independente, a atividade média em cada um desses elos será excessivamente
baixa. O modo como os terminais são usados pode variar bastante e algumas
linhas podem ficar inativas durante longos períodos de tempo, com nenhum ou
pouquíssimo fluxo de informação entre o terminal e o computador. Se os períodos
ativos das várias linhas nunca coincidem, é possível comutar uma única linha
para atender a vários terminais. Esta é uma forma de multiplexação de
mensagens. Porém, pode não ser sempre possível assegurar que somente um
terminal esteja ativo em um dado instante de tempo, e se, nenhuma restrição é
colocada no comportamento dos terminais conectados ao comutador, há necessidade
de proporcionar uma linha saindo do comutador com uma capacidade maior do que a
de qualquer linha de entrada. Se a capacidade da linha de saída excede a soma
das capacidades de todas as linhas de entrada, o comutador executa a função de multiplexador.
A multiplexação pode ser efetivada
dividindo-se a banda de frequência do canal de maior velocidade em várias
bandas mais estreitas e alocando cada uma delas a um dos terminais. Essa forma
de multiplexação é conhecida como FDM - FrequencyDivisionMultiplexing.
Uma forma mais sofisticada consiste em amostrar cada linha oriunda de um
terminal, sequencialmente, enviando o sinal recebido por um canal de alta
velocidade. Essa forma é conhecida como TDM - Time DivisionMultiplexing.
No caso anterior, a velocidade de transmissão oriunda de cada terminal não pode
exceder a capacidade do canal que lhe foi alocado.
Uma outra modalidade de comutador de linha
envolve o armazenamento das mensagens recebidas dos terminais para posterior
envio ao computador central. Ele passa, então, a ser denominado concentrador,
que é um dispositivo com buffer de armazenamento que altera a velocidade
de transmissão de uma mensagem. Os concentradores geralmente são dotados de
capacidade de processamento local, e sua velocidade é suficientemente rápida
para que possam aceitar mensagens simultaneamente de vários terminais de baixa
velocidade ou que possuam um fator de demanda baixo. O concentrador atua como
um coletor de mensagens dos usuários em uma área fisicamente próxima. As
mensagens são montadas no buffer do concentrador até que este receba do
usuário um delimitador. Juntamente com a mensagem é enviada a identificação do
terminal. Sendo programáveis os concentradores remotos oferecem alta
flexibilidade, permitindo acomodar interfaces para terminais especiais,
proporcionando maior taxa de concentração, possibilitando atender a mudanças
nas velocidades de transmissão nos formatos, nos códigos, nos protocolos de
transmissão e no número de equipamentos terminais conectados.
Sistemas de Computação
Remotos
O termo computação remota pode referir-se a duas
classes de sistemas de processamento localizados remotamente. Um é o RJE -
Remote JobEntry, ou entrada remota de jobs, o outro é o sistema de
computação remoto que pode operar tanto no modo standalone quanto
participando da rede.
Os sistemas de entrada remota de jobs
permitem a usuários remotamente localizados submeter jobs ao computador
anfitrião para processamento, recebendo de volta o resultado do trabalho. Os
sistemas de entrada remota de jobs operam na modalidade batch. O RJE
processa cartões de controle, transmite o job ao processador central e
dirige os resultados aos arquivos ou periféricos designados. O processador
central aceita, enfileira, processa e retorna ao terminal os resultados do job.
Em uma rede, o sistema de computação remoto pode
acessar diretamente o banco de dados do host ou mesmo executar algumas
de suas tarefas quando ele se encontra sob intensa carga.
Terminais
O equipamento terminal remoto é um dos aspectos
mais críticos de um sistema de comunicação de dados. Isso se deve ao grande
número e variedade dos diferentes tipos básicos de terminais disponíveis
atualmente no mercado.
Existem muitas classificações possíveis para os
terminais. Basicamente, um terminal é qualquer estação final em uma rede de comunicações.
Sua função primária é a de ser fonte ou destino de dados, isto é, um ponto de
entrada ou saída para a informação que cruza a rede.
Uma consideração importante a respeito de
terminais é a adequação de suas características funcionais às necessidades das
aplicações implementadas.
A Largura de Banda ou Bandwidth (termo original em
inglês) é a medida da capacidade de transmissão de um determinado meio, conexão
ou rede, determinando a velocidade que os dados passam através desta rede
específica.
A Largura de Banda é medida em bits, e não em bytes, os quais determinam a
medida de capacidade de um determinado meio de transmissão por certa unidade de
tempo (8 bits = 1 byte).
Todas as medidas de Largura de Banda são basicamente feitas em bits por
segundo. Ex.: Kbits/seg ou Mbits/seg, e em alguns casos também é relacionada à
faixa de frequências, por exemplo, na medida de largura de banda para sinais
analógicos.
Podemos fazer uma comparação com um cano de água. Se temos muita água para
passar pelo cano e o cano for fino, o tempo para a quantidade de água passar
será muito grande. Se trocarmos o cano fino por um cano grosso, vai levar muito
menos tempo para toda a água passar, ou seja, temos uma limitação da quantidade
de água que flui pelo cano por determinada unidade de tempo necessário a este
processo.
Outro exemplo: se tivermos paralelamente uma autoestrada com 4 pistas e uma
pista de mão única e for trafegar a mesma quantidade de carros na autoestrada e
na pista única, todos desenvolvendo a mesma velocidade, obviamente teríamos um
tempo máximo para um determinado percurso 4 vezes maior para os veículos na
pista simples.
a- Menor Banda
Menos Carros Passando por unidade de tempo.
b- Maior Banda
Mais Carros Passando por unidade de tempo.
Em transmissão de dados temos uma situação similar, com diversos tipos de meios
de transmissão, cada um com uma largura de banda específica de acordo com suas
características construtivas: um cabo coaxial, por exemplo, tem uma largura de
banda da ordem de 5Mbits/seg ou 5MHz.
Já uma fibra ótica tem normalmente uma largura de banda da ordem de 200 a
10Gbits/seg. Isso significa que é possível trafegar muitas vezes mais dados em
uma fibra ótica do que em um cabo coaxial, por exemplo.
A largura de banda muitas vezes é responsável pela limitação da taxa de
transmissão em sistemas de vídeo e comunicação de dados. Por exemplo, uma
conexão discada de 56k é limitada pela largura de banda da linha telefônica,
que por sinal é muito estreita secomparada com uma conexão ADSL.
A largura de banda depende estritamente do meio de transmissão e, na prática, o
meio de transmissão com maior largura de banda atualmente é a fibra óptica.
Voltando ao exemplo do cano, é perfeitamente suficiente para uma residência a
utilização de um cano fino, mas se precisarmos fazer a distribuição para um
condomínio ou para uma fábrica, não poderemos usar o mesmo cano, pois ele não
comportaria tal fluxo de água. Assim, a solução é bastante simples e óbvia:
utilizar um cano com bitola maior.
Em transmissão de dados também seguimos o mesmo princípio. Se tivermos
necessidade de uma maior quantidade de dados trafegando, teremos que escolher
uma conexão ou meio de transmissão com maiorlargura de banda (capacidade).
COMUNICAÇÃO DE DADOS O básico da comunicação de dados em redes de computadores
A eficiência de um sistema de comunicação de dados depende fundamentalmente
de três características:
1. Entrega (delivery): o sistema deve entregar os dados ao
destino correto. Os dados devem ser recebidos somente pelo dispositivo ou
usuário de destino. 2. Confiabilidade: o sistema deve garantir a entrega dos
dados. Dados modificados ou corrompidos em uma transmissão são pouco úteis. 3. Tempo de atraso: o sistema deve entregar dados em um tempo
finito e predeterminado. Dados entregues tardiamente são pouco úteis. Por
exemplo, no caso de transmissões multimídia, como vídeo, os atrasos não são
desejáveis, de modo que eles devem ser entregues praticamente no mesmo instante
em que foram produzidos, isto é, sem atrasos significativos.
Componentes Um sistema básico de comunicação de dados é composto de cinco elementos 1. Mensagem: é a informação a ser transmitida. Pode ser constituída
de texto, números, figuras, áudio e vídeo – ou qualquer combinação desses. 2. Transmissor: é o dispositivo que envia a mensagem de dados.
Pode ser um computador, uma estação de trabalho, um telefone, uma câmera de
vídeo e assim por diante. 3. Receptor: é o dispositivo que recebe a mensagem. Pode ser
um computador, uma estação de trabalho, um telefone, uma câmera de vídeo e
assim por diante. 4. Meio: é o caminho físico por onde viaja uma mensagem
originada e dirigida ao receptor. 5. Protocolo: é um conjunto de regras que governa a
comunicação de dados. Ele representa um acordo entre os dispositivos que se
comunicam.
A evolução da tecnologia da informação vem
expandindo extraordinariamente o uso da informática nas empresas, assim, o que
era utilizado apenas como suporte para as tarefas administrativas, constitui
hoje um componente estratégico de grande importância. Portanto é possível
afirmar que um escritório simples que tenha um computador para o processamento de textos já está no caminho
da automação. A informática incorporou a ideia de modernidade. Tudo o que a ela
se relaciona é considerado moderno, assim é considerada a solução perfeita para
tudo o que é antigo, ineficiente e desorganizado na sociedade. A automação
reduziu custos, agilizou o trabalho de seus funcionários e otimizou as atividades,
mas criou novas necessidades, como a busca de mão de obra alfabetizada
tecnologicamente. Juntamente com a inovação, a informática trouxe o
desemprego tecnológico, que é resultado da
informatização em larga escala, que por sua vez, leva à redução da necessidade
de mão de obra em um determinado processo de trabalho. Assim, a informática
destrói alguns postos de trabalho, mas em contrapartida cria outros, deforma a
impulsionar a reciclagem profissional para que o trabalhador possa desempenhar
novas funções.
O surgimento
do administrador da informação
Nos últimos anos, o administrador vem sendo
encorajado a lidar com os mais diversos desafios gerenciais, os quais tem sido
criado pela rápida evolução da Tecnologia da Informação. Para confrontar
estes desafios, as empresas passaram por um processo amplo de reengenharia
e muitos profissionais de outras áreas
foram agrupados às organizações, grandes investimentos em hardware e
software foram feitos e foram instalados sistemas de informação que afetaram profundamente como as empresas operam e
competem. É claro que a tecnologia trouxe uma série de influências independente
do porte da empresa e uma delas foi a necessidade da definição de políticas que
auxiliassem na integração da tecnologia e sua administração às demais
atividades da empresa, fornecendo uma visão ampla dos requisitos gerenciais
para a administração. De acordo com
Albino e Cunha, quatro conceitos ligam a empresa à tecnologia:
»
Relevância Estratégica:observação de que o impacto da
tecnologia varia entre ramos de negócios, entre empresas do mesmo ramo e até
entre departamentos e unidades da mesma empresa;
»
Cultura Organizacional:os valores do corpo
executivo, a forma de planejamento da corporação, sua filosofia e controle, e a
velocidade de mudança tecnológica nos produtos são variáveis que influenciam e
devem ser consideradas na forma como a tecnologia deve ser gerenciada. Combinar
ferramentas como bancos de dados e sistemas operacionais, com valores, cultura
e processos de uma empresa é a arte de gerenciamento;
»
Abordagens e Ferramentas de Gerenciamento:capacitam a empresa a enfrentar um ambiente complexo e em mudança pois o que foi
adequado e deu bons resultados no passado, hoje é, muitas vezes, insuficiente.
» Transferência de Tecnologia:a
difusão tecnológica pode e deve ser gerenciada, poiso sucesso só aparecerá
quando as pessoas se sentirem capazes de alterar velhos hábitos e formas
de pensar. Estes e outros fatores levaram o administrador a reconhecer o
papel da tecnologia em uma organização e principalmente a importância da
informação no processo de tomada de decisão.
Usos da tecnologia para a vantagem competitiva
O crescente
grau de informatização da sociedade ocasionou transformações que produziram impactos perceptíveis em diversos setores da atividade humana. A informatização dos serviços e dos meios de produção nas empresas
substituiu o homem em tarefas que envolvem riscos de saúde e exaustão culminando
com a automatização do controle de sistemas. Algumas atividades profissionais já podem ser desenvolvidas sem que seja
necessário o deslocamento para o local de trabalho, reduzindo problemas
sociais e econômicos gerados pelo deslocamento simultâneo das
pessoas, como congestionamentos, consumo de combustível e tempo gasto inutilmente. Dentro de uma empresa de
médio a grande porte, em tempos atuais, será difícil não encontrar algum equipamento ou computador realizando das tarefas mais simples às
mais complexas. Controle de Ponto, Fichas de Funcionários, Contracheques,
Controle de Estoque, Emissão de Notas Fiscais,
Solicitação de Reposição de Produtos, Controle de Entrega de Produtos, Status de Pedido, entre outras, são as tarefas que mais se encontram
informatizadas e que agilizam o trabalho, levando as
empresas à excelência de produtos e serviços. Para tais ações
muitas são as tecnologias utilizadas, indo desde simples computadores de mesa, passando por poderosos celulares, computadores de mão,
rádio-frequência e tudo o que pode levar uma organização ao sucesso. Destaca-se na
atualidade a crescente utilização da tecnologia e da informação, o que leva o pensamento à Internet, no ambiente dos negócios. De forma inicial, centralizada apenas no correio eletrônico e consultas
a documentos, a Internet vem assumindo importância significativa ao
interligar compradores e vendedores através do comércio eletrônico. É perceptível
então a utilização da tecnologia e a difusão da informação em todos os âmbitos organizacionais, de forma que a vantagem se encontra nas mãos daquela que
for a detentora do saber.
Existem computadores dos mais diferentes tipos e tamanhos, mas todos podem ser enfocados como um conjunto de dispositivos interligadas, trabalhando em harmonia, para realizar atividades de processamento de dados.
Estes dispositivos que compõem o computador são geralmente reunidos, para fins didáticos, conforme suas funções, em:
Unidade de entrada
Unidade de saída
Unidade aritmética e lógica
Unidade de memória principal ou interna
Unidade de memória auxiliar, ou externa, ou de massa, ou magnética
Unidade de controle.
- Unidade de Entrada
Função: O nome genérico unidade de entrada se refere a qualquer dispositivo que possa captar dados do meio externo ao computador e transferi-los à memória do mesmo.
Tipos de Unidades de Entrada
Com o emprego do computador nas mais diferentes áreas de atividade humana têm sido desenvolvidos inúmeros tipos de unidades de entrada, compatíveis com as características desejadas nas respectivas áreas de emprego.
Citam-se como mais conhecidas, em micros:
Unidade leitora de cartões perfurados.
Com o abandono progressivo de cartões perfurados, estes dispositivos são rarissimamente utilizados.
Unidade leitora de cartões magnéticos.
Dispositivos empregados sobretudo em automação bancária, onde os dados principais de cada cliente (nome, número da conta, número da agência, etc.) ficam gravados em tarja pintada com tinta magnetizável em cartões plásticos. Os próprios cheques têm, em sua margem inferior, caracteres que podem ser lidos por estes dispositivos.
Unidade leitora de fita magnética.
Dispositivo de emprego já consagrado em computação, sobretudo em computadores de instituições, devido ao seu preço relativamente alto. A gravação dos dados, como as músicas em fitas cassete, é feita em fita recoberta com tinta magnetizável, através da formação de pequenos ímãs, que formam códigos, reconhecidos pela leitora. No momento da leitura a existência ou não destes ímãs codificados informa ao computador os dados a ler.
Unidade de disco magnético.
É com certeza hoje o meio mais utilizado para transmitir grandes volumes de dados a um computador, em alta velocidade.
Teclado
O teclado é atualmente a unidade básica de entrada de dados em computadores, substituindo com muitas vantagens os antigos cartões perfurados. Geralmente vem associado a um vídeo, formando o assim chamado "terminal devídeo".
Unidade leitora de caracteres óticos.
Dispositivo de entrada de dados, geralmente empregado em automação bancária e comercial, onde um feixe de luz (laser) varre caracteres especiais gravados nas mercadorias, obtendo assim seu preço, código, fornecedor, etc.
Mesa digitalizadora
Mesa especial com circuitos eletrônicos que permitem entrada de gráficos.
"Mouse" (ratinho)
Instrumento acoplado ao computador, através do qual se pode escolher opções, em um "menu" fornecido na tela.
Sensores especiais
Com a aplicação de computadores em hospitais, fábricas, hidrelétricas, etc., têm sido desenvolvidos instrumentos engenhosos que permitem captar dados do mundo externo e enviá-los ao computador. Cada um destes instrumentos é uma unidade de entrada. Um termômetro especial que consiga captar a temperatura do corpo humano e enviá-la, de forma codificada, ao computador, é uma unidade de entrada.
O mesmo se pode dizer de um sensor de pressão arterial, de batimentos cardíacos, do nível de uma represa, etc. Estas unidades de entrada especiais substituem o trabalho do médico ou da enfermeira de captá-los no paciente com instrumentos medidores usuais e depois "digitá-los manualmente" no computador.
- Unidade de Saída
Função: Inversamente à unidade de entrada, o nome genérico unidade de saída é qualquer dispositivo que transfere dados gravados na memória para um meio externo ao computador.
Tipos de Unidades de Saída
Assim como as unidades de entrada, as unidades de saída têm aparecido com os mais diferentes tipos de emprego, resultando como conseqüência do alargamento do espectro de utilização do computador.
Normalmente para cada tipo de unidade de entrada existe uma unidade de saída correspondente, e algumas vezes o mesmo dispositivo faz as duas funções, como no caso das unidades de disco e fita magnética, que funcionam como unidade de saída quando se transfere dados da memória do computador para o disco ou fita e como unidade de entrada quando nelas se lêm dados pré-gravados.
Tipos de unidades de saída mais comuns:
Unidade perfuradora de cartões.
Dispositivo em desuso. Geralmente vem geminada a uma leitora de cartões, embora funcione independentemente da mesma.
Unidade de fita magnética.
Já citada como "unidade de entrada", funciona como saída quando nela se gravam dados, magneticamente.
Unidade de disco magnético.
Idêntica observação feita em unidade de fita magnética.
Vídeo
Unidade de saída mais comumente usada em micros. Existem dos mais diversos tipos, como monocromáticos, coloridos,de baixa resolução, de alta resolução, de diferentes tamanhos, etc.. Geralmente o vídeo é associado a um teclado, formando o conjunto conhecido como "terminal de vídeo".
Impressora
Uma das unidades de saída mais comuns e importantes. Existem muitos tipos de impressoras como as de agulhas, "laser", jato de tinta, de tambor, etc.
Traçador de gráficos ("plotter")
Extrai as informações gravadas no computador, apresentando-as em forma de gráficos. São utilizados sobretudo em escritórios de projetos, laboratórios, etc.
Alto-falante
Sons gravados em forma digital, nos computadores, são reproduzidos por meio de alto-falantes. Geralmente todo microcomputador possui um pequeno alto-falante que emite sons de qualidade razoável
Unidades de saídas especiais
As mesmas observações relativas aos sensores especiais podem ser agora apresentadas para as unidades de saídas especiais, "mutatis mutandis". Suponha que um computador recebe sinais de um medidor de nível de água (unidade de entrada) de um reservatório de hidrelétrica. Se o nível da represa ultrapassa determinado valor pré-programado, o computador aciona um motor que abre algumas comportas, permitindo que a represa sangre até atingir um determinado nível pré-fixado. Este motor pode ser visto como uma unidade de saída do tipo aqui chamado "especial".
OBSERVAÇÕES:
Normalmente tanto as unidades de entrada quanto as de saída são dispositivos eletro-mecânicos, e portanto têm velocidade de acionamento muito mais baixa que a Unidade Central de Processamento do computador, que é totalmente eletrônica. Isto faz com que a CPU tenha que ficar esperando pelas unidades de entrada e saída um tempo astronômico, se levarmos em conta as escalas de grandeza adequadas.
Pode-se dizer que também são os equipamentos que mais encrencam nos computadores, pela simples razão acima citada: têm componentes mecânicos.
- Unidade de Memória Principal
Função: A unidade de memória principal, ou interna, ou central ou simplesmente memória tem duas funções básicas:
Armazenar dados em processamento
Armazenar a sequência lógica de passos a ser executada para processar os dados, isto é, o programa.
Deve-se dizer que os primeiros computadores não armazenavam os programas em sua memória. Assim, a cada novo problema que fossem resolver sofriam uma verdadeira remontagem, isto é, eles eram programados via mudanças de seus elementos construtivos, assim como se pode "programar" um trator ora para arar terra, ora para fazer buracos para fincar postes, cavar valetas ou como trator mesmo, tracionando uma carroça, por exemplo. Com isto, os que podiam trabalhar com computadores eram somente os engenheiros construtores que entendiam a fundo suas "entranhas". A partir da colocação do programa na própria memória, a programação dos computadores se fazia de forma automática e à nova sistemática se chamou "Programa Armazenado". É como se, apertando um botão do trator, ele automaticamente virasse escavadeira, outro botão acoplasse o arado, um terceiro a carroceria, etc. em outras palavras, se programasse para fazer o serviço pretendido, como um "robot".
Características
Hoje a grande maioria dos computadores utiliza memória constituída de circuitos integrados, que, por sua vez, são construídos com materiais semi-condutores, principalmente o silício. Por ser totalmente eletrônica, é um dos componentes mais rápidos do computador.
Geralmente os computadores são construídos de modo que se podesse aumentar a capacidade de armazenamento de sua memória até um teto máximo, anexando mais circuitos integrados.
Tipos de Memória
A memória é subdividida em dois tipos diferentes:
Memória RAM (Random Access Memory: memória de acesso aleatório), quando nos referimos à memória do computador é da RAM que se fala.
Características: armazena os dados e os programas. As informações gravadas nesta memória podem ser apagadas e regravadas tantas vezes quantas se queira, mas só permanecem gravadas enquanto o computador ficar ligado. A falta de energia por um mínimo instante acarretará a perda total do seu conteúdo. Por isto se diz que é uma memória volátil.Quando se fala em tamanho da memória de um computador, é ao tamanho da RAM que se está referindo.
Memória ROM (Read Only Memory: memória só de leitura)
Características: a memória ROM só pode ser lida, isto é, os dados nela gravados não podem ser apagados e regravados dados novos. Geralmente são gravadas com programas utilitários ou dados de utilização muito frequente (trechos do sistema operacional, tabelas de teclado, linguagens residentes, etc). As ROM podem ser subdivididas em dois tipos: ROM simples, e PROM.
ROM simples: as informações são nela gravadas no momento da sua fabricação e não podem ser alteradas, nem mesmo pelo fabricante do computador.
PROM (Programmable ROM: ROM programável): Esta ROM é adquirida "virgem" do fabricante e pode ser gravada pelo usuário com os dados que quiser, tendo para isto um equipamento especial. Uma vez gravada não pode ser mais desgravada.
Existem dois subtipos de PROM que permitem gravações e desgravações sucessivas e são denominadas EPROM (Erasable PROM: PROM apagável). A UV-PROM, que é apagável mediante exposição a uma fonte de luz ultra-violeta (para isto o seu "chip" está sob uma janela de cristal) e a EEPROM (Electrically Erasable PROM) cujo conteúdo é apagado com pulsos de tensão mais altos que a tensão de trabalho.
Os preços das PROM são superiores aos das ROM, mas podem ser compensadores para os casos em que os conteúdos armazenados sofram mudanças freqüentes.
Capacidade de Memória
A capacidade de memória (RAM) de um computador é medida pelo número de Bytes (caracteres) que a mesma consegue reter. Este é um dado importante sobre um computador pois dá uma boa idéia de que tipo de trabalho este computador poderá exercer mais eficientemente. Os múltiplos do Byte são o Quilobyte, o Megabyte, o Gigabyte e o Terabyte, com os valores abaixo:
Função: Os computadores realizam geralmente as 4 operações aritméticas básicas (soma, subtração, multiplicação e divisão) além da potenciação. Realizam também operações lógicas que são comparações de grandeza (maior, menor, igual) entre dados armazenados na memória. Estes dados são levados à Unidade Aritmética e Lógica, onde é executada a operação desejada e seu resultado volta à memória para análise ou armazenamento. Assim como a memória, a Unidade Aritmética e Lógica é constituída unicamente de circuitos eletrônicos.
- Unidade de Controle
Função: A Unidade de Controle tem a tarefa de acompanhar cada passo do programa a ser executado e acionar as unidades que executarão aquele passo. Por exemplo, em uma operação de soma deve acionar a Unidade de Memória para que entregue à unidade aritmética e lógica as parcelas a somar, para que seja feita a soma e por fim seja devolvido à unidade de memoria o resultado. Em uma operação de impressão deve acionar a unidade de memória para que entregue à impressora a informação a ser impressa.
Características
A unidade aritmética e lógica e a unidade de controle estão, nos microcomputadores, construídas em um mesmo circuito integrado que recebe o nome de Microprocessador. É a peça eletrônica mais importante dos microcomputadores que, inclusive, derivam dela seu nome. Nos mini e grandes computadores tradicionais as funções aritméticas e lógicas e as funções de controle geralmente não são concentradas em um único circuito integrado, mas divididas por diversos "chips".
- Unidade Central de Processamento (UCP)
Normalmente as unidades de memória, aritmética e lógica e de controle estão acondicionadas em um único móvel que pode tomar o formato de uma pequena caixa nos microcomputadores, de um arquivo de aço nos minicomputadores ou de um balcão nos grandes computadores. Ao conjunto destas três unidades se chama no jargão computacional, Unidade Central de Processamento - UCP (ou CPU - "central processing unity"). Geralmente é o equipamento mais caro de um computador e define o tamanho da máquina.
Interligação das Unidades Funcionais do Computador
A Figura I-2 ilustra esquematicamente a interligação entre as várias unidades funcionais do computador, indicando o fluxo de dados e o fluxo de controle.
Extraído de: http://www.inf.ufsc.br/~barreto/cca/arquitet/arq2.htm
Computadores são sistemas de componentes de entrada, processamento, saída, armazenamento e controle de dados. Segundo Pierre Lévy ( apud Wikipédia) " o computador não é mais um centro, e sim um nó, um terminal, um componente da rede universal calculante. Em certo sentido, há apenas um único computador, mas é impossível traçar seus limites, definir seu contorno. É um computador cujo centro está em toda parte e a circunferência em lugar algum, um computador hipertextual, disperso, vivo, fervilhantes, inacabado: o ciberespaço em si".
Referência Bibliográfica
O'BRIEN, J.A.Sistemas
de Informação e as decisões gerenciais na era da Internet
.Tradução
de Célio Knipel Moreira e Cid Knipel Moreira. 2a. ed. São Paulo: Saraiva,2006. 431 p